Depois de falar sobre o Rei do Pop Internacional, eu me sinto na obrigação de falar sobre a rainha: Madonna. Lançado em 89, Like A Prayer causou grande polêmica. Dirigido pela cineasta norte-americana Mary Lambert, que no mesmo ano dirigiu o filme Cemitério Maldito, Madonna conseguiu conquistar a simpatia dos críticos, dos grandes produtores musicais e de ser odiada pela igreja católica. A cantora aparece cantando em frente a cruzes em chamas e tem um romance com um Santo negro. O clipe faz uma alusão ao Kun Klux Klan ( organizações racistas dos Estados Unidos que apoiavam a supremacia branca e o protestantismo na década de 80 ) A letra da música foi composta por Madonna e Patrick Leonard e Lambert já tinha dirigido outros clipes da cantora. Ela objetivava mostrar Madonna como uma figura ambígua, devota do profano e do sagrado.
Com apenas 5 minutos e 38 segundos, o videoclipe/curta-metragem mostra Madonna testemunhando o homicídio de uma mulher cometido por um grupo de homens brancos. Um homem negro socorre a jovem, mas é confundido pelos policiais e acusado injustamente. Sugere-se que Madonna, temendo pela segurança dela, tem medo de ir até a polícia contar a verdade porque foi vista pelo verdadeiro assassino. Mas no fim ela decidi ir à polícia inocentar o rapaz. O clipe termina como se tudo não tivesse passado de uma peça de teatro com Madonna e todos os figurantes agradecendo.
Com esse desfecho, Madonna e Mary Lambert apenas usaram o conceito de Morality Play ( que eram alegorias teatrais em que um protagonista se deparava com diferentes personagens e assim testava sua fé ) E subverteram à um ritual pagão.
Por tudo isso, eu considero Like A prayer o melhor videoclipe/curta-metragem da cantora e dificilmente alguém irá superar a originalidade da estrela do pop internacional.
